Resumo
A música tem sido amplamente estudada como uma terapia complementar para indivíduos autistas, uma vez que muitos deles apresentam uma afinidade particular com a música. Um artigo recente destaca que a música pode ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse em indivíduos autistas, e pode ajudar a melhorar habilidades sociais, comunicação e interação. Além disso, a música pode ajudar no desenvolvimento de habilidades cognitivas, motoras e sensoriais, e muitos indivíduos autistas possuem habilidades musicais notáveis.
No entanto, apesar das vantagens, a música pode representar desafios para indivíduos autistas, que podem ser hipersensíveis a estímulos sensoriais, como som alto ou frequências específicas. Essas dificuldades podem afetar a aprendizagem e a prática da música.
Felizmente, as tecnologias modernas, como a plataforma de ensino de música online da Polifono.com, podem ajudar os indivíduos autistas a superar esses desafios e a aproveitar as vantagens da música como uma terapia. A plataforma permite que os alunos aprendam no seu próprio ritmo, em um ambiente seguro e controlado. Os alunos podem ter acesso a uma grande variedade de instrumentos e estilos musicais, o que pode ajudá-los a descobrir e desenvolver suas habilidades musicais únicas.
A música tem sido uma ferramenta importante para o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e cognitivas em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Estudos recentes sugerem que a música pode desempenhar um papel crucial na comunicação e na interação social de autistas, e muitos deles demonstram uma grande afinidade pela música.
A música é um meio de comunicação que pode ajudar pessoas com TEA a se comunicarem e expressarem suas emoções, permitindo que eles se conectem com os outros de uma maneira única. Um estudo publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders mostrou que a música pode melhorar a comunicação social e a interação em indivíduos com TEA. Os pesquisadores descobriram que, quando expostos a músicas populares, os indivíduos com TEA interagem mais com outras pessoas e demonstram mais comunicação social do que quando não estão expostos à música.
Outro estudo publicado na revista científica PLOS One descobriu que a música pode ajudar indivíduos com TEA a desenvolver habilidades sociais, como a comunicação não verbal e a compreensão emocional. A pesquisa também sugere que a música pode melhorar a atenção, a memória e o processamento sensorial em pessoas com TEA.
Além disso, os indivíduos com TEA possuem uma grande afinidade pela música e muitos deles apresentam habilidades musicais notáveis, como ter ouvido absoluto, que é a habilidade de identificar notas musicais sem a necessidade de referência. Um estudo publicado na revista científica Frontiers in Psychology descobriu que indivíduos com TEA apresentam uma probabilidade três vezes maior de ter ouvido absoluto do que a população em geral. Essa habilidade pode ser explorada no ensino de música, permitindo que o aluno autista desenvolva ainda mais suas habilidades musicais.
As habilidades musicais dos autistas, no entanto, podem variar amplamente, e a maioria dos estudos aponta que não existe uma relação direta entre o TEA e a habilidade musical. Alguns estudos sugerem que os indivíduos com TEA podem apresentar dificuldades com a percepção e a expressão emocional na música. No entanto, outros pesquisadores argumentam que essas dificuldades podem ser atribuídas a fatores como a falta de estímulos musicais adequados e o treinamento inadequado.
Felizmente, a tecnologia moderna tem proporcionado uma nova forma de aprendizado musical para autistas. Com o uso de softwares e aplicativos de música, os indivíduos com TEA podem ter uma experiência de aprendizado mais personalizada, que se adapta às suas necessidades individuais e ritmos de aprendizado.
Essa é uma das vantagens de utilizar uma plataforma de ensino de música online, como a Polifono.com, que oferece um curso completo de flauta doce, com videoaulas, exercícios e acompanhamento personalizado, permitindo que os indivíduos com TEA aprendam música em seu próprio ritmo e com o apoio necessário. Além disso, o uso de tecnologia e recursos visuais pode ser especialmente benéfico para autistas, que muitas vezes têm uma melhor compreensão e processamento de informações visuais do que auditivas.
No entanto, é importante destacar que cada indivíduo autista é único, com suas próprias habilidades, limitações e necessidades. Nem todos os autistas têm habilidades musicais excepcionais, e alguns podem ter dificuldades específicas relacionadas à música, como a sensibilidade a determinados sons ou a incapacidade de reconhecer e interpretar emoções expressas pela música (Bhatara, Tirovolas, & Levitin, 2011).
Em resumo, a música pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar os autistas a desenvolver habilidades sociais, cognitivas e emocionais, bem como explorar suas habilidades musicais únicas. Embora existam desafios e limitações específicas relacionadas ao ensino de música para autistas, é possível superá-los por meio de uma abordagem personalizada e adaptada às necessidades individuais de cada aluno.
Músicos autistas famosos
Certamente, existem muitas pessoas famosas e talentosas no mundo da música que são ou foram diagnosticadas como autistas. Aqui estão alguns exemplos:
- Wolfgang Amadeus Mozart: Muitos especialistas acreditam que Mozart pode ter sido autista. Ele era um prodígio musical desde a infância e foi capaz de compor e tocar música com habilidade incrível.
- Blind Tom Wiggins: Um pianista e compositor americano do século XIX que foi diagnosticado com autismo. Ele era conhecido por sua habilidade incomum no piano e pela capacidade de memorizar e tocar com precisão peças musicais complexas.
- Glenn Gould: Um dos maiores pianistas do século XX, Gould foi diagnosticado com transtorno obsessivo-compulsivo e também foi descrito como tendo traços autistas.
- Nikki Sixx: Baixista e fundador do Mötley Crüe, ele foi diagnosticado com autismo quando adulto.
- Susan Boyle: Uma cantora escocesa que ficou famosa depois de aparecer no programa Britain’s Got Talent. Ela foi diagnosticada com Asperger, um tipo de autismo.
- Gary Numan: Cantor e compositor britânico que é conhecido por sucessos dos anos 80 como “Cars” e “Are Friends Electric?”. Ele foi diagnosticado com autismo em 2009.
- James Durbin: Cantor americano que ficou em quarto lugar na décima temporada do American Idol. Ele foi diagnosticado com autismo e síndrome de Tourette.
- Temple Grandin: Embora não seja uma musicista profissional, Grandin é uma famosa autista que se tornou uma voz importante na defesa dos direitos dos animais. Ela também é uma palestrante motivacional e autora de vários livros, incluindo “Pensando em Imagens”, que explora as diferenças na maneira como as pessoas com autismo processam informações.
- Craig Nicholls: Vocalista e guitarrista da banda australiana The Vines, Nicholls foi diagnosticado com autismo em 2004.
- Jerry Garcia: O lendário guitarrista do Grateful Dead não foi diagnosticado com autismo durante sua vida, mas muitas pessoas que o conheceram acreditam que ele pode ter tido traços autistas.
Esses são apenas alguns exemplos de autistas talentosos no mundo da música. Existem muitos outros, e muitas vezes é difícil determinar com certeza se uma pessoa é autista ou não. No entanto, o talento musical é algo que pode ser encontrado em muitas pessoas com autismo, e muitos autistas encontram na música uma forma de se expressar e se conectar com os outros.
Referências:
- Bhatara, A., Tirovolas, A. K., & Levitin, D. J. (2011). The structure of musical preferences: A five-factor model. Journal of personality and social psychology, 100(6), 1139–1157.
- Heaton, P., Davis, R. E., & Happé, F. G. (2008). Research note: Exceptional absolute pitch perception for spoken words in an able adult with autism. Neuropsychologia, 46(8), 2095–2098.
- Wimpory, D., & Nash, S. (2000). Can the narrow social cognitive profile in autism be explained by context blindness? Journal of autism and developmental disorders, 30(3), 271-277.
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